Eleições 2022: Assistentes Sociais em defesa da democracia

Diante do cenário de disputa eleitoral em nível estadual e nacional, em que concorrem projetos nitidamente antagônicos, o Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo – CRESS 9ª Região, vem a público reafirmar os princípios norteadores da profissão e se posicionar junto à categoria e sociedade em geral.

Inicialmente, rememoramos que ao longo de sua história a profissão superou a defesa da neutralidade em face da realidade social e, desde o Congresso da Virada, tem defendido que o Serviço Social tem um lado: o da classe que vive do trabalho!

Nesta direção, compreendemos que é necessário evidenciar que as disputas colocadas no cenário brasileiro e no estado de São Paulo suscitam profundas preocupações no que diz respeito a pautas fundamentais para a profissão e à sociedade em geral e, portanto, é tarefa de todas/os/es que têm a liberdade como valor ético central, que defendem a democracia, os direitos humanos, a equidade e a justiça social, a universalidade de acesso às políticas sociais e o respeito à diversidade humana, posicionar-se perante a candidatos que defendem um projeto político dissonante aos princípios que norteiam o Serviço Social, ou seja, contra qualquer plataforma de governo amparada na violência, no arbítrio e no autoritarismo, no preconceito, no machismo, no racismo, na lgbt+fobia, na xenofobia, no capacitismo e alheio à realidade da população em situação de desproteção social.

Nos últimos anos vivenciamos o aprofundamento das expressões da questão social em nosso país, com o desmantelamento dos serviços públicos com a Emenda à Constituição n° 55/2016 (PEC do teto dos gastos públicos), com a Lei n° 13.467/17 (Contrarreforma trabalhista que provocou mudanças estruturais fundamentais nas normativas, implementando da “flexibilização” dos direitos trabalhistas), com a Emenda Constitucional nº 103/2019 (Contrarreforma da Previdência Social que alterou, significativamente, a legislação previdenciária do país), além de medidas pautadas no negacionismo, no discurso anticiência e antivacina, diante da pior crise sanitária da história da humanidade, resultando em quase 700 mil mortes no país[1] e no crescimento avassalador da fome[2]; da miséria[3] e da violência[4] e feminicídio[5].

Tal contexto representa o atraso, o retrocesso e, reverter isso, exige análise crítica, posicionamento e ações cotidianas e comprometidas com a construção de uma outra sociabilidade. Participar deste pleito eleitoral é uma dessas ações e, portanto, diante deste cenário de barbarização da vida e das relações sociais, chamamos a toda a categoria do estado de São Paulo a se posicionar, votando com coerência ética, defendendo de forma intransigente os direitos humanos e materializando a direção do Projeto Ético-Político da profissão.

Assistente Social, faça parte da mudança desse cenário! No dia 30/10, vote!

 

Gestão Ampliações: Em defesa do Serviço Social, nos encontramos na luta!

Triênio 2020-2023

27 de outubro de 2022

 

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[1] Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Painel Controle COVID-19. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 27 out. 2022.

[2] Em 2022, 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer e no fim de 2020 eram 19,1 milhões. REDE PENSSAN. II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert; Rede PENSSAN, 2022. Disponível em: https://olheparaafome.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Relatorio-II-VIGISAN-2022.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.

[3] O número de pessoas em situação de extrema pobreza mais que dobrou nas grandes cidades. Em São Paulo, em 2014, representava 1,8 milhões e, em 2021, passou a ser 4,7 milhões de pessoas. SALATA, Andre Ricardo; RIBEIRO, Marcelo Gomes.  Boletim Desigualdade nas Metrópoles nº 09.  Edição especial: dados anuais (2012-2021). Observatório da Metrópole; PUCRS, 2022. Disponível em:  – https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/wp-content/uploads/2022/08/BOLETIM_DESIGUALDADE-NAS-METROPOLES_09-1.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.

[4] O Brasil é o 8º país mais letal do mundo, em 2021 registrou 47.503 mortes violentas intencionais, 77,9% das vítimas eram negras e 76% das mortes foram com emprego de arma de fogo . FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=5. Acesso em: 27 out. 2022.

[5] Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública sobre feminicídios, em 2021, uma mulher era assassinada, em média, a cada sete horas no país, só pelo fato de ser mulher. Ocorrem 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino. Violência contra mulheres em 2021. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.

 

 

 

 

 

 

 

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