CRESS-SP lança o Comitê Assistentes Sociais na Luta Anticapacitista durante live

Oficina on-line foi realizada pelo youtube e abriu oficialmente as ações do Comitê no estado de SP

Na última quarta-feira (04/12) o CRESS-SP realizou através do youtube, a Oficina “Democratização do acesso e acessibilidade”, atividade que lançou oficialmente o Comitê Assistentes Sociais na Luta Anticapacitista.

O evento foi transmitido ao vivo pela canal do CRESS-SP no youtube, tendo a participação de integrantes que compõe o Comitê, como as diretoras Raphaela Fini e Patricia Maria, da Direção Estadual, Geilson Arruda, Conselheiro e coordenador da Caedh (Comissão Ampliada de Ética e Direitos Humanos), John dos Santos, coordenador da Seccional ABCDMRR, além da pesquisadora Samara Santos, Estela Picon, intérprete de libras e Wesley Oliveira, base do Comitê e Hellen Raiol, integrante do Comitê Anticapacitista do CRESS Pará.

Aa luta pela inclusão e pelos direitos das pessoas com deficiência vem ganhado cada vez mais destaque nas esferas sociais e políticas. Acompanhando esse cenário, o Serviço Social tem como bandeira de luta permanente a promoção de ações em defesa das pessoas com deficiência e contra o capacitismo na profissão.

O Comitê de Assistentes Sociais na Luta Anticapacitista do CRESS-SP surge com a missão de refletir sobre as práticas profissionais e fortalecer a luta contra o capacitismo, alinhados aos princípios ético-políticos da profissão, buscando debater a inclusão, acessibilidade e respeito à diversidade. O Comitê terá como a tarefa, discutir, articular e implementar estratégias que busquem a eliminação de preconceitos, estigmas e discriminação contra as pessoas com deficiência, refletindo uma atuação profissional consciente, crítica e ética por parte dos assistentes sociais no enfrentamento ao capacitismo.

Patricia Maria da Silva, Presidenta do CRESS-SP, e que também integra o Comitê, afirmou durante a Oficina que a luta anticapacitista é um debate intrínseco à profissão “precisamos aprofundar esse debate com a sociedade em geral, a partir do acúmulo que o Serviço Social tem sobre o tema”.

Dentre os objetivos e as ações do Comitê estão a oferta formação continuada para assistentes sociais sobre temas relacionados à deficiência e ao capacitismo e das questões relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência, refletindo sobre como o capacitismo está presente nas práticas cotidianas e como o Serviço Social pode atuar de maneira mais inclusiva, respeitando a autonomia, os corpos e as especificidades de cada pessoa com deficiência, como afirma Raphaela Fini.

O lançamento deste comitê marca um importante avanço na atuação do CRESS-SP, reconhecendo que o Serviço Social, enquanto profissão comprometida com a promoção de direitos e tendo a liberdade como valor ético central, tem um papel fundamental na construção de uma sociedade que respeite a diversidade humana em todas as suas formas.

Com o lançamento do Comitê de Assistentes Sociais na Luta Anticapacitista, o CRESS-SP reafirma seu compromisso com a promoção de uma sociedade mais inclusiva, que respeite e valorize todas as formas de ser e de viver, garantindo direitos para todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas. A construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva exige, antes de tudo, a conscientização de que o capacitismo é uma questão que deve ser enfrentada por todas/os — profissionais, instituições e a sociedade em geral.

O Comitê é , portanto, um passo importante para a reafirmação dos direitos das pessoas com deficiência, com o compromisso dos assistentes sociais de contribuir para uma realidade mais justa e acessível, sem discriminação e com respeito à dignidade de todas/todos.

 

Democratização do acesso e acessibilidade

A oficina foi organizada de modo a refletir a acessibilidade enquanto direito humano fundamental e foram  tratados temas, como: conceitos e ferramentas como audiodescrição, descrição da imagem e do ambiente, texto alternativo e uso de libras e legendas. Além disso, foi trazida a concepção da construção social de deficiência, como se relaciona com a história e as lutas sociais, dentro de um contexto político e interseccional, envolvendo questões de gênero, classe e raça.

Tivemos ainda a apresentação do poema intitulado ” A Rosa e a Acessibilidade”, texto escrito por Wesley Oliveira, assistente social, trabalhador da saúde mental e integrante do Comitê, que traduz em palavras a importância desse debate para a profissão, partindo de sua existência, pessoa com deficiência: “a poesia é como o Wesley consegue correr contra o vento e contra o capacitismo”, conclui o assistente social.

Acesse aqui o poema

 

 

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