A Seccional Santos do CRESS-SP emite nota à Prefeitura e Câmara Municipal de Santos, em razão da defasagem salarial de assistentes sociais, servidoras/es do município.
Confira a nota completa abaixo, assinada pela Seccional Santos e Direção Estadual do CRESS-SP.
Excelentíssimo Sr. Prefeito e Câmara Municipal de Santos
Nós, assistentes sociais ativos/as e aposentados/as da Prefeitura Municipal de Santos, através do presente documento assinado pela categoria, solicitamos alteração de nível salarial da letra P para Q.
Nossa pretensão aqui é a valorização da categoria. Estamos fortes, apoiados/as pela população atendida e unidos/as ao SINDISERV – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos. Não permaneceremos inertes enquanto o município atende interesses políticos diversos, sem critérios legítimos na alteração de níveis salariais de várias outras categorias profissionais também de nível superior (advogados, arquitetos, analistas de sistemas, analistas de suporte, biólogos, enfermeiros, engenheiros, engenheiros agrônomos, fiscal ambiental, fiscal de obras, geógrafos e geólogos) em detrimento a nossa.
Nosso trabalho é de extrema relevância para o município, perpassando nas áreas de assistência social, educação, gestão, saúde e outras. Nossos salários estão defasados, considerando que elaboramos e executamos projetos e programas das esferas federal, estadual e municipal, obtendo subsídios para atender e acompanhar as demandas das famílias em vulnerabilidade social nas unidades municipais de serviço.
Vamos contextualizar essa questão a partir da aprovação da Lei Complementar 162/ 95, o primeiro PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) imposto pela Administração, onde abdicamos direitos incorporados.
Lembremos sempre nossa luta árdua! A conquista das 6 (seis) horas a nível nacional em 2010, foi implementada nesse município em 2011. Em 2012 o PCCS passou a conter a tabela de vencimentos de todos os cargos, ampliados até a letra R. Desde então foi instituído a nível universitário (distribuídos em três Letras, P, Q e R), títulos, tempo de serviço agregado, piso e consequentemente aposentadoria. Em 2013 houve mais lutas. A Lei que criou a letra Q já estava em vigor.
Queremos objetividade e reconhecimento, pois a categoria está invisível ao enfoque municipal. Nossa luta é por um projeto ético político profissional com finalidade na garantia de direitos da população atendida. Somos profissionais essenciais, competentes, capacitados/as e resolutivos em nossas ações.
No aguardo que o Executivo encaminhe Projeto de Lei atendendo nossa reivindicação.
Atenciosamente.
Assinam a nota conjuntamente:
Seccional Santos CRESS-SP
Gestão Luta, Ousadia e União para Fortalecer a Profissão
Triênio 2017-2020
Direção Estadual CRESS-SP
Gestão Ampliações: Trilhando a Luta, com Consciência de Classe
Triênio 2017-2020
Santos, março de 2020.