O comando eclesiástico da Arquidiocese de São Paulo, que também dirige a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), divulgou proposta de alteração estatutária que visa romper com as históricas bases democráticas da Universidade.
O escopo visa estabelecer outra lógica de relações institucionais e acadêmicas, estabelecendo condução autoritária do cotidiano universitário e abrindo grande possibilidade para o trato obscurantista do prestigiado grau de desenvolvimento do conhecimento científico, do qual goza a PUC/SP.
Dentre as mudanças propostas, chama a atenção:
1. Deixam de existir as eleições para o cargo de reitor/a;
2. Ficam extintos os Departamentos das Faculdades, que seriam substituídos por órgãos de Coordenação;
3. Fica estabelecida a aposentadoria compulsória para professores que atingem os 75 anos de idade;
4. Fica estabelecida a relevância prioritária da Fundasp (mantenedora), com a drástica redução do papel da Reitoria (acadêmica) e demais órgãos acadêmicos (ensino, pesquisa e extensão).
O CRESS/SP repudia tal proposta, em nome do legado democrático e de compromisso público que a PUC/SP tem para com a ciência no Estado de São Paulo e no país, principalmente em seus momentos políticos mais complexos. Somos signatários do “Manifesto em Defesa da PUC/SP” e conclamamos a categoria a aderir a esta luta.