CRESS-SP realiza a 1ª Assembleia Geral Ordinária de 2022

Evento foi o primeiro presencial do triênio 2020-2023

Na tarde do último sábado (16), foi realizada a 1ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo — 9ª Região (CRESS-SP) no ano de 2022. O evento foi o primeiro realizado de forma totalmente presencial desde as eleições CFESS-CRESS 2020-2023, e consequentemente, também o primeiro da gestão eleita.

O evento, que estava suspenso desde 2020 devido a pandemia de COVID-19, foi realizado no auditório do Nikkey Palace Hotel, localizado no tradicional bairro da Liberdade, em São Paulo. Nessa retomada presencial, o espaço reservado para a Assembleia estava repleto de assistentes sociais, estudantes e acompanhantes, chegando a 210 pessoas credenciadas.

A Assembleia iniciou com a leitura e aprovação do Regimento Interno, seguida de uma análise de conjuntura que contou com as presenças de Nicole Barbosa de Araujo, presidenta do CRESS-SP, Abigail Silvestre Torres, assistente social e consultora em Gestão de Políticas Públicas, com a mediação de Patrícia Maria da Silva, 2ª secretária do CRESS-SP.

Leitura do Regimento Interno da Assembleia

A Assembleia Geral é o espaço para levar as demandas/discussões da categoria de assistentes sociais do Estado de São Paulo, a partir das deliberações aprovadas coletivamente pelo Conjunto CFESS-CRESS. Participaram com direito à voz e voto profissionais com inscrição ativa no CRESS 9ª Região/SP e quites com a anuidade até o ano anterior (2021).

Análise de conjuntura destacou a legalização da barbárie feita pelo governo Bolsonaro

A assistente social Abigail Silvestre Torres abriu sua participação ressaltando o quanto estava orgulhosa por participar do evento, explicando que “Conjuntura é a realidade em movimento, é aquilo que está sendo vivido. É o momento correto para se posicionar e agir”. Destacou como a pandemia causou impactos sem precedentes, em especial, com o agravamento da crise social e ética na sociedade brasileira, naquilo que classificou como a “banalização da vida”.

Seguiu realçando como o Brasil é um país difícil de viver para mulheres – em especial negras – LGBTQIAP+, PcD, imigrantes, entre outros. Afirmou que essa situação é resultado do aumento do reacionarismo no país e pontuou sobre o papel das/os assistentes sociais no combate a essas práticas. “A sociedade brasileira não tolera o diferente. O negacionismo está em constante crescimento por aqui. A conjuntura exige a necessidade de compreensão de ir à contramão do que está sendo feito”.

Mesa de conjuntura

A presidenta do CRESS-SP, Nicole Barbosa de Araújo, comentou sobre a alegria pela realização do primeiro evento totalmente presencial e ressaltou que apesar do encontro ser um marco importante, ainda não é possível dizer que já estamos no “pós-pandemia”: “A pandemia ainda está presente, e infelizmente, afetando a população, principalmente, os mais necessitados”.

Nicole ressaltou que a morte de mais de 675 mil pessoas em nosso país é o fato mais relevante entre todos vivenciados dos últimos tempos: “Foram vidas ceifadas em decorrência, principalmente, das ações criminosas e genocidas do Governo Bolsonaro durante a pandemia da COVID-19”, declarou. Ressaltou em sua fala que por longos meses, sobreviver foi a palavra de ordem para toda a classe de assistentes sociais, seja nas fases mais agudas da crise sanitária, mas também da econômica, social e moral que assola o Brasil.

A presidenta do CRESS-SP fez uma citação da professora Larissa Dahmer em forma de reflexão sobre como a COVID-19 afetou a sociedade brasileira: “Não foi a pandemia que criou o egoísmo presente e permanente nas relações sociais burguesas. A pandemia agravou e colocou amostras escancaradas em todas as nossas mazelas enquanto humanidade. A desigualdade presente e permanente em uma sociedade, cuja finalidade é a acumulação. Desiguais são as formas de resistir e enfrentar no cotidiano todas as agulhas postas pela pandemia, e o que é levado à máxima potência na particularidade brasileira”.

A instalação do cenário pandêmico brasileiro colocou para o Conjunto CFESS-CRESS, especialmente para o CRESS-SP, a obrigatoriedade de fazer escolhas e posicionamentos. É preciso reiterar o comportamento dessas entidades na história e na luta de classes. Nos mais de dois anos desde o início da pandemia, eles foram impulsionados por um fator importante: a defesa primordial do direito à vida. Isso pode parecer uma defesa óbvia e básica, mas é necessária porque não faltam exemplos de crueldade e descaso com o sofrimento de toda a população, deixando nítido o total desleixo com a vida e a saúde do conjunto da classe trabalhadora desse país, afirmou Nicole em sua fala.

Nesse sentido, o CRESS-SP, em diálogo permanente com o Conjunto CFESS-CRESS e demais entidades da categoria no decorrer da pandemia, segue tomando todas as medidas para garantir a saúde e o bem-estar dos/as trabalhadores/as, garantindo até o momento, a manutenção de algumas medidas sanitárias, ainda que as autoridades não coloquem mais como obrigatórias.

Nicole enfatizou que parte da categoria teve dificuldade para acessar alguns serviços, e que continua enfrentando desafios, porém, ressaltou que em todo esse período de pandemia, o CRESS-SP não deixou de criar alternativas aos momentos presenciais. “Seja no atendimento das demandas de cadastros, orientação e fiscalização, bem como nas demais ações políticas para garantir a continuidade da prestação de serviços a toda a categoria e à sociedade”, declarou.

A mediadora da mesa, Patrícia Maria da Silva, admitiu estar bem nervosa no início, justamente por ser o primeiro encontro presencial com a categoria depois de tanto tempo, e por ser o primeiro da gestão. “Quando assumimos já estava no ápice de contaminação e morte da pandemia, então, é uma responsabilidade muito grande”.

Patrícia comentou sobre as condições atuais de trabalho das/os assistentes sociais, que tiveram que seguir trabalhando em locais insalubres, e que não garantiam os equipamentos de proteção individual. Evidenciou ainda, o papel da categoria no atendimento à população mais afetada pela pandemia, acometida pelo aumento da pobreza, da violência e, principalmente, da fome, já que o Brasil voltou para esse estágio recentemente.

Por fim, fez um balanço positivo sobre o evento e pontuou sobre a importância do encontro dar voz às/aos trabalhadores: “A gente não imaginava que viriam tantas pessoas. Creio ser um reflexo da necessidade da categoria em estar presente fisicamente e compartilhar seus medos e angústias em suas trajetórias, seja porque estão desempregados, ou por estarem em trabalhos precarizados”. Ainda destacou que um dos desafios do Serviço Social é a necessidade do aprofundamento teórico e acadêmico de várias pautas, no dia a dia nos espaços em que trabalham, e, também, dentro do conselho.

 

Prestação de contas, eleição de delegadas/os e moções são destaques no segundo momento da Assembleia

Seguindo o evento, a Comissão de Planejamento do CRESS-SP, composta por diretoras/es da estadual e das seccionais, apresentou a prestação de contas, e focou nas dificuldades impostas pela pandemia. Ressaltaram que mesmo com todos os empecilhos, a gestão conseguiu bater quase 95% das promessas feitas em campanha.

Em continuidade, foi realizada a eleição da delegação que irá representar a categoria profissional do estado de São Paulo nos Encontros Descentralizado Sudeste, que será realizado em agosto na cidade de Vitória (ES), e Nacional, no mês de setembro em Maceió (AL). Ao todo, participaram da eleição 19 candidatas/os, assistentes sociais, trabalhadoras/es de diversos espaços sócio ocupacionais, militantes de movimentos sociais. A plenária pôde votar em até nove candidatas/os, ficando duas pessoas como suplentes para o caso de substituição.

A delegação do CRESS-SP será composta por 18 delegadas/os, assistentes sociais eleitas/os em Assembleia e direção referendada pela plenária.

Delegação eleita na Assembleia Geral

Enquanto ocorria a contagem dos votos, a plenária aprovou as moções propostas ao longo da Assembleia. Foram nove moções apresentadas, sendo oito aprovadas pela maioria da plenária presente. Ao todo, seis moções foram de repúdio e duas de apoio e que serão encaminhadas por e-mail aos destinatários indicados pelas/os proponentes.

Acesse as moções aqui

A Assembleia Geral encerrou com um agradecimento coletivo a todas/os profissionais que de alguma forma participaram das ações propostas pelo Conselho durante o todo o período, seja por meio das atividades consultivas organizadas desde 2020, NUCRESS, comissões e as inúmeras oficinas e webinários realizados.

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